Em 2015, sob os auspícios das Nações Unidas, 193 países adotaram oficialmente os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso representou um compromisso de trabalhar em direção a metas-chave que abrangem o meio ambiente, a economia e a sustentabilidade social. Se adotado na íntegra, representaria uma visão substancialmente melhorada e diferente para o nosso futuro. Quatro anos depois de fazer essa promessa, a ONU se reuniu na Cúpula dos ODS de 2019 em Nova York, a primeira desde 2015, para avaliar se os Objetivos Globais são, como diz seu novo slogan – 'transformando promessas em realidade'.
Vastas faixas de pessoas em todo o mundo estão exigindo essa nova realidade. A principal mensagem do movimento Extinction Rebellion (XR) e das greves mundiais lideradas por jovens é que os formuladores de políticas e as empresas não estão fazendo o suficiente ou se movendo rápido o suficiente para reduzir os danos causados ao planeta por meio de emissões. de CO2 e perda de biodiversidade. A mensagem em torno da emergência climática, vinda desse movimento social internacional, não está mais no limite da vida política ou pública, mas galvanizando milhões de pessoas em todo o mundo. Portanto, surgem questões importantes, mas complexas, sobre como os diferentes atores podem e devem trabalhar para ajudar a abordar os ODS. O Transformative Innovation Policy Consortium (TIPC) faz parte dessa discussão, pois os ODS sustentam muitos dos princípios da Transformative Innovation Policy (TIP) em relação à política de ciência, tecnologia e inovação (STI).
Uma equipe de pesquisa do TIP (Matias Ramirez; Oscar Romero; Johan Schot; e Felber Arroyave) de três universidades colaboradoras (a Unidade de Pesquisa em Políticas Científicas (SPRU) da Universidade de Sussex no Reino Unido; UGlobe da Universidade de Utrecht na Holanda e Universidade de Califórnia Merced nos EUA) têm trabalhado em um aspecto disso: como os sistemas nacionais de pesquisa podem produzir melhor pesquisa que aborde simultaneamente a complexidade associada à interação entre os 17 ODS? A proposição apresentada neste estudo é que a pesquisa que “construa pontes” entre ciência pura e engenharia, ciências sociais e pesquisa ambiental é muito mais provável de abraçar o espírito e objetivo dos ODS e, de fato, ser “transformadora”.
Por meio de um estudo bibliométrico de séries temporais dos resultados de pesquisa do México (publicações) e uma nova metodologia baseada em metadados e análise de redes sociais, a equipe encontrou ótimos exemplos de pesquisa que pareciam abraçar a complexidade trabalhando com diferentes tipos de ODS. No entanto, também destacou uma vasta quantidade de trabalho que se limitou a abordagens técnicas mais restritas para abordar questões ambientais e sociais. Como comenta o Dr. Matias Ramirez, da SPRU:
“Para ser verdadeiramente transformador, que alcançar os ODS deve ser para o futuro da humanidade, temos que ser capazes de trabalhar entre as disciplinas para abraçar a complexidade por meio de uma abordagem do tipo nexo para o projeto de pesquisa. Os ODS devem ser adotados no espírito a que se destinam. Isso significa reflexão, navegar em possíveis conflitos e trade-offs e buscar novos conhecimentos colaborando com diferentes conjuntos de pesquisadores para promover a cocriação.”
O artigo que destaca esta pesquisa, sobre a criação de um sistema de pesquisa transformador, foi lançado na Conferência de 2019 da Sustainability Transitions Research Network (STRN) em Ottawa.
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