Resumo
O “Mission-Oriented Innovation Policy Observatory” (MIPO) é uma iniciativa do Instituto Copernicus para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Utrecht. Seu objetivo é criar uma compreensão dos desafios e promessas das políticas de inovação orientadas para a missão (MIPs), unindo profissionais e acadêmicos de estudos de inovação, transição e governança.
O foco do MIPO está alinhado com o tema 4 da chamada de projetos TIPC: Governança e política de política de inovação transformadora em conexão com os ODS. O Observatório visa fornecer uma base conceitual para caracterizar, comparar e revisar estratégias de políticas de inovação baseadas em ODS seguindo uma abordagem de “missão”. Isso envolve estratégias projetadas para resolver desafios sociais selecionados, apoiando a co-evolução sinérgica de mudanças tecnológicas e socioeconômicas, por exemplo, ao longo da direção de caminhos de inovação priorizados. De especial interesse para o Observatório é a papel de múltiplos atores governamentais e não governamentais nos processos de governança relacionadas com o enquadramento de estratégias políticas (racionais), bem como a seleção e legitimação de caminhos de inovação priorizados e o desenho de políticas transformadoras reais.
No debate emergente sobre as 'políticas de inovação transformadoras', muita atenção tem sido dada à mera importância de novos quadros de políticas para resolver os desafios da sociedade, bem como às questões relativas à eficácia dos instrumentos políticos reais. O que permanece relativamente negligenciado são questões intermediárias de governança que determinam, em última análise, quais desafios estão sendo abordados; quais direções (caminhos e projetos subjacentes) estão sendo escolhidos para resolver os desafios; e quais políticas estão sendo implementadas. Esta é, em grande parte, uma questão de processos políticos complexos nos quais vários tipos de partes interessadas buscam continuamente influenciar as agendas e atividades uns dos outros.
Como as políticas transformadoras (orientadas para a missão) são inerentemente sobre orquestrar e adaptar coletivo esforços de inovação, eles só podem ser avaliados analisando também a própria formulação de prioridades e políticas. Para isso, o Observatório monitora como vários tipos de atores desempenham 'funções de governança' no nível de orientação estratégica e coordenação de políticas.
Os tópicos que estudamos incluem:
- Conceituação de MIPs
- Estudos de caso MIP: 'o que faz um bom MIP'?
- O que ela ativa, coordena, inicia, agrega e imagina? Quem fez?
- Estruturas organizacionais / de governança e abordagens para a tomada de decisões
- Como avaliar as missões?
- Comparação de diferentes tipos de MIP, para induzir a um quadro coerente:
- Missão com diferentes maldades de problemas e solução
- Missões que exigem soluções tecnológicas vs. comportamentais
- Missões que exigem transformação de sistemas versus otimização
- Missões que se concentram no desenvolvimento de soluções, difusão ou ambos
- Missões antigas (de antes dos anos 2000) vs. novas (depois dos anos 2000)
- Âmbito geográfico das missões (local, nacional, supranacional)
- Hierarquia aninhada de problemas sociais, suas missões e seus projetos
- Adoção da política: Análise de como o 'pensamento missionário' é difundido e implementado dentro dos governos: vinho velho em garrafas novas ou uma nova abordagem?
- Sistemas de Inovação Orientados à Missão (MIS):
- Como esses MIS se desenvolvem? Que papéis são desempenhados por vários atores? Como MIS explorar as estruturas sócio-técnicas existentes?
- Que lições podem ser extraídas de uma visão de processo dinâmica sobre MIS?