VERSÃO EM INGLÊS – Este é o documento de posicionamento sobre o qual se baseia o Transformative Innovation Policy Consortium (TIPC). Este artigo, publicado na revista Research Policy (2018), descreve a teoria e explica por que precisamos de uma nova abordagem à política de ciência, tecnologia e inovação.
A política de ciência, tecnologia e inovação (CTI) é moldada por enquadramentos persistentes que surgem do contexto histórico. Dois quadros estabelecidos são identificados como coexistentes e dominantes nas discussões contemporâneas sobre políticas de inovação. O primeiro quadro é identificado como começando com uma institucionalização pós-Segunda Guerra Mundial do apoio governamental à ciência e P&D com a presunção de que isso contribuiria para o crescimento e resolveria as falhas de mercado no fornecimento privado de novos conhecimentos. O segundo quadro surgiu no mundo globalizado da década de 1980 e sua ênfase na competitividade que é moldada pelos sistemas nacionais de inovação para a criação e comercialização do conhecimento. A política de CTI se concentra na construção de vínculos, clusters e redes, e no estímulo ao aprendizado entre os elementos dos sistemas e na capacitação do empreendedorismo. Um terceiro quadro ligado aos desafios sociais e ambientais contemporâneos, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e pedindo mudanças transformadoras, é identificado e diferenciado dos dois quadros anteriores. Transformação refere-se à mudança do sistema sócio-técnico conforme conceituada na literatura de transições de sustentabilidade. A natureza desse terceiro enquadramento é examinada com o objetivo de identificar suas principais características e seu potencial para provocar um reexame dos dois anteriores. Uma característica fundamental é o foco na experimentação e o argumento de que o Sul Global não precisa se atualizar para seguir o modelo de transformação do Norte Global. Argumenta-se que todos os três quadros são relevantes para a formulação de políticas, mas explorar opções para políticas de inovação transformadora deve ser uma prioridade.